Para o bolso de quem vão os Fundos Europeus destinados à Formação Profissional? Esta é uma área mais lucrativa e benéfica que os famosos Vistos Gold!
Enquanto que nos outros países os formandos recebem o equivalente ao SMN, em Portugal estão de borla, quer durante a formação, quer no estágio, que pomposamente chamam de "Práticas em Contexto de Trabalho" (PCT), onde estão 8 ou mais horas a trabalhar como mouros, tanto ou mais que os outros trabalhadores da empresa, e não passam de meros escravos. Findo o período de PCT, os estagiários vão embora e vão outros para o lugar. O lugar nem chega a arrefecer! Com esta falcatrua, ninguém precisa de contratar trabalhadores, quando os têm de mão beijada e a custo zero para a empresa e para o Estado; não passam de fantasmas que ninguém vê e de pessoas que ninguém sabe que existem.
Quem recebe subsídio de desemprego ou RSI é obrigado a frequentar estes cursos, em que se, por azar, tiverem 1 ou 2 entrevistas no período de formação, dependendo do número de horas da acção, é expulso do curso e é imediatamente cortado o subsídio ou RSI por justa causa! É destas duas formas que os números de desemprego estão quase a zero em Portugal!
Há formadores que são autênticos parasitas - da mesma espécie que a entidade, portanto, - que estão a passar o tempo com conversas de chacha, pois dizem que são mal pagos e não estão para ser esforçar. Não entregam manuais, sendo que os alunos têm de consultar em tablets e na internet móvel os conteúdos da matéria; quem não tiver ditos gadgets é penalizado. As coordenadoras dos ditos cursos, assim como o responsável máximo (Cerco), baldam-se também e, para cúmulo, aqueles que são penalizados acabam por ser vítima de bullying por parte deste e daquelas! E esta, heim?
Nos centros de formação que têm cantina, os formandos estão uma hora e mais na fila à espera da vez, para uma refeição (pobre em todos os sentidos) que tem o custo de 1 euro, mas que deixam de receber os €4,77 referente ao subsídio de refeição. A diferença vai para o bolso. Bom negócio, não?
Quem não recebe qualquer Apoio tem direito a €1,67 por hora de formação/PCT, mas se a mesma tiver mais do que 4h/dia, o tempo excedente não é pago, já que por mês há o tecto de €150,00. Se a formação/PCT for das 9h00 até às 18h00 metade da jornada não é paga, ficando o formando gravemente penalizado em relação aos cursos que funcionam só durante 4h/dia. Para onde vai o resto do dinheiro que lhe é devido?
A começar pela alteração nos preços: De €20,00-€30,00 divulgado inicialmente antes da medida para €30,00-€40,00;
Dizem que abrange toda a área metropolitana por €40,00 quando só é a cidade! Para fazer viagens entre municípios o valor real ultrapassa os €100,00 de passe mensal, como mínimo;
Mesmo dentro da cidade (Porto), o passe de €40,00 é inválido em várias empresas de transporte, que condicionam o mesmo a uma única linha/carreira. Quem queira outro destino, dentro da cidade (Porto), tem de pagar bilhete!
O Metro do Porto tem um serviço cada vez mais medíocre:
- Veículos avariados constantemente;
- Veículos suprimidos em número exagerado, por dia;
- Espaço entre um veículo e outro, numa mesma linha, tem vindo a aumentar;
- Os lugares de assento e chão estão, à cada dia, mais nojentos! A Metro do Porto não tem vergonha?
- Os vidros das janelas são lavados uma vez por mês?
- A falta de manutenção é gritante, com vidros partidos sem serem substituídos durante meses! Estão à espera de que haja vítimas?
- A greve de seis meses do ano passado, entre Janeiro e Junho, em que havia um veículo suprimido em cada dois sem transportes alternativos, fica na História comoexemplo de péssimo serviço público;
- Ainda no ano passado, de Março a Junho o Passe Social foi cancelado, sem qualquer aviso, tendo as Lojas Andante recusado carregar esse Passe, nem orientavam as centenas de utentes em situação vulnerável dessa medida. As reclamações emitidas não obtiveram resposta por parte do responsável da entidade, até à data... Que por sinal foi transferido para a Assembleia da República (a incompetência é sempre premiada).
A Holanda participa na Eurovisão desde 1956, tendo conseguido a vitória quatro vezes. 1975 foi a última, até ontem.
Uma canção com uma letra triste, mas com melodia agradável que já foi ouvida várias vezes até à exaustão. Não aporta qualquer originalidade. A vitória foi conseguida pelo trabalho da equipa da "laranja mecânica" que foi bastante chata nos pormenores técnicos (enquadramentos e iluminação). A letra é do próprio cantor Duncan Laurence, mas a música é de três compositores de outras tantas nacionalidades europeias.
A par do Eurovision Song Contest, há um certame paralelo, os Marcel Bezençon Awards. A Holanda venceu o Press Award, prémio atribuído pela imprensa acreditada (não é preciso ter conhecimentos de música nem carteira de jornalista para ser da denominada "imprensa acreditada", basta ter um qualquer blog na internet para ter este passe e poder votar), a Austrália venceu o Artistic Award, atribuído pelos comentadores (que também não têm como requisito obrigatório ter qualquer conhecimento de música), e a Itália venceu o Composer's Award, atribuído pelos compositores participantes. Este último prémio tem maior mérito, sem dúvida, pois é um reconhecimento entre pares, que possuem conhecimentos musicais. A entrega de prémios aos vencedores e o videoclip da canção italiana:
Resta esperar que no certame de 2020 a Holanda demonstre como se faz televisão à sua maneira, com um palco da responsabilidade da Holanda e não da Suécia (como é tradição), com bons profissionais de realização, que façam esquecer a vergonha de erros técnicos graves de 2019 e 2018 em Portugal... E para o ano, vencerá outra balada melancólica como a de 2017 (Portugal) e 2019 ou uma canção tresloucada com insultos a torto e a direito, como em 2018?
Como cereja no topo do bolo, há a destacar a continuação dos disparates do "júri profissional", em que cada País, salvo exepções, mostra bem a falta de profissionalismo e inteligência, até: Uns elementos do mesmo júri votam por ordem crescente e outros decrescente, o que torna o resultado da votação um disparate ridículo. Tão ridículo como votarem na ordem inversa em que irão anunciar os votos. Faz sentido continuar com os tachos do "júri profissional"? O televoto também estava viciado, para variar, com os números de algumas canções a darem erro, a votação ser dada não pela qualidade da canção, mas sim por ser vizinho ou outras afinidades não técnicas. Enfim, quer um método, quer outro, acaba por não ser justo, mas antes o televoto que um "júri profissional" todo maluco, sem organização e qualificação alguma!
Para concluir, fica aqui um histórico das canções holandesas desde 1956 até 2016:
Não quero terminar este artigo sem deixar uma palavra sobre "La Venda" (canção de Espanha), que foi uma das grandes vítimas da catastrófica e vergonhosa realização televisiva que houve em Israel, mas que ainda assim obteve o 14º lugar (televoto)! Uma letra com mensagem, uma música de fiesta mediterrânica e uma cenografia cheia de vitalidade, optimismo, energia e cor. O vídeo que deixo é o de um ensaio, feito por uma única câmara, onde se pode sentir todo o trabalho de Miki Núñez e os cinco bailarinos-cantores que o acompanham (um deles é também o que dá vida a Paco, a gigante marioneta luminosa, que desequilibra e oprime a Sociedade; com um toque/movimento a Sociedade desperta e sai da rutina tóxica, mudando o que era até então, mandando à fava a opressão, vivendo o que cada um é, a sua identidade única):
